quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Saudade dos Pets

Naqueles tempos, em casas, crianças tinham animais de estimação...Como eu tinha casa, quintal e pendor para as ciências naturais, e pais que não se importavam com uma fauna a mais em casa, e ainda um caseiro mineiro (Renato), tive hamsters, (devorados pelas ratazanas da favela da catacumba), galinhas de angola, (fim gastronômico) coelhos (fim triste...), galos de briga - panela tambem.... e até um porco engordado no quintal - que virou de tudo inclusive saborosas linguiças, realmente caseiras!
Um belo exemplar para ACFantinato...
Mas a região era generosa... Antonio Carlos F. tinha passarinhos... Ele era um bom observador... Creio que tinha canários, mas os pintasilgos dele cantavam muito, e ainda bico-de-lacre e canários-da-terra! Hoje, o Ibama não deixaria. Tinha ainda galos e galinhas. O galo de briga dele (vermelhão, típico Indiano parecido com o da imagem acima) apesar de corajoso contra humanos, era um desastre quando confrontado com um espécime da mesma espécie...Mesmo assim, após a escola fazíamos treinos e preparações incluindo  'massagem' nas coxas dos galos, devidamente depenadas para ficarem mais 'resistentes'.

Dona Belica, nossa fiel fornecedora de bombas, bombinhas, buscapés e cabeças de nêgo entre outros matériais explosivos diversos, tinha um papagaio bastante animado na porta do barraco... Na chuva, ele cantava.

Assis, o caseiro dos Monteiro (na Sacopan) tomava conta de dois Dobermans... De noite, passeava com as feras, e colocava eles pra brigar com outros... De nada adiantaram contra os ladrões que um dia pularam o muro, mataram os cachorros e roubaram a casa...
Xuxú, minha atual tricolor, provavelmente Wilhelmina, reincarnada
Gatos... muitos, por todo lado... a única que ficou na minha memória era Wilhelmina - nome nórdico complicado, que meu pai arrumou pra uma viralata tricolor que adotamos da rua... Nunca se domesticou. Gostava de sorvete Kibon sabor creme, e ratazanas inteiras e frescas, menos o fígado e a cabeça, que ela deixava de lado... éca, isso mesmo... trazia aquelas ratazanas cinzas pra dentro de casa, e comia debaixo da mesa da televisão...a gente podia escutar ela mastigando a bicha toda, e podia estar certo que no final, sobrava apenas a cabeça e o fígado...

Antonio Eduardo e Loca, tinham alguns cães... Tiberius e Calígula, dois pastores alemães faziam bastante presença... Nunca confiei muito mesmo atrás das grades de ferro da casa! Os dálmatas eram mais alegres...e pareciam menos perigosos. De cães grandes ainda tinha um belo dogue alemão 'arlequim' no final da Almeida Godinho.

Lia, (Epitácio Pessoa, Curva do Calombo) tinha um pastor alemão extremamente bem disciplinado - Flama - excelente pedigree, disposição para aventuras e além do mais tomava bem conta da dona!
Phil & Flama - Arpoador
Na Carvalho de Azevedo tinha o Pulguinha  - um pastor belga todo preto, mas um perfeito idiota, talvez meio bobo, pois era novinho....

E tinha um maluco, (mesmo) que passeava com um grande lagarto Teiú amarrado na ponta de um arame... Aparentemente semi-domesticado... Mas, creio mesmo que ele estava apenas engordando o bicho para depois comê-lo.

Claro, tinham muitos mais pets...! Mas já é uma pequena coleção não é?

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