domingo, 11 de setembro de 2011

2 mosqueteiros e uma mosqueteira em Paris...

Falando em máquinas, o Philip, o Artur e eu ficamos procurando os carros que nossos pais tinham. Cada um foi se lembrando dos carros dos pais do amigos. Eu só me lembrei do carro da minha mãe, e  mesmo assim errei o modelo, mas acabei achando o carro pela cara dele. O Artur se lembra de tudo!!! O que falta de cabelo sobra de memória naquela cabeça!! (careca mas continua lindo...).
O Philip foi botando carro no blog e, de repente, colocamos esta foto: mudou de carro pra Artur & Philip e um avião (eu)!! A modéstia sempre foi minha principal qualidade!! Estamos os três juntos celebrando 255 anos de amizade: 55 entre mim e o Artur, 50 entre o Artur e o Philip e 50 entre Philip e eu!! Muito legal ter amigos há tanto tempo - os irmãos que não nasceram da barriga da minha mãe, mas os quais eu amo como se tivessem nascido.

O Philip me achou aqui em Paris por conta de um cartão de Natal e foi um reencontro fantástico!! O Tico e eu conhecemos a Yvonne, a mulher do Philip, que é uma graça de pessoa.

O Artur está acima de qualquer classificação... (bom, com 1,94m de altura tá acima de quase tudo) e se mandou do Brasil pra vir ver o show do Charles Aznavour comigo aqui em Paris. Só sendo MUITO AMIGO MESMO!!!  Ele também é testemunha ocular (e auditiva) de que eu cantei no Olympia junto com o Charles Aznavour, ate ele (o Artur) me cutucar e dizer: sossega Deborah!!! Saímos de lá cantando e dançando pelas ruas de Paris, como se a cidade luz estivesse nos esperando pro nosso show!!!

Prometi apresentá-lo a todas as minhas amigas daqui, mas ainda não tivemos tempo de reunir a mulherio pro Artur escolher. Mas ainda há tempo, Artur... vc vai encontrar sua Guinevere!!
Gente, foi uma reunião, maravilhosa, agora com a chegada da Blan, que voltou da Inglaterra!!
Daqui a pouco tem mais fotos!! Vamos comer uns crepes que o Philip preparou. À bientôt!!
Phlip e Artur com um avião no meio... e nem foi em Le Bourget!

Opala do pai da Deborah. O dele era azul calcinha!!

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Wemagete do pai do Mário

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Mercedes S170, 1951, carro da mãe da Deborah

Simca Jangada do avô do Antonio Eduardo e do Loca.
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Thiumph Spitfire (eu jurava que isso era só avião) do pai do Carlinhos ´Pivetão´.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Uma tênue linha metafísica.

Quem diria?
Abaixo do pinheiro, um muro cai - uma tênue linha é descoberta
Recentemente, um apostador europeu ganhou numa loteria, pela segunda vez, algo em torno de 3 milhões de euros... Quando perguntado se ele continuaria apostando, respondeu claro! não há 2 sem 3! Quais as chances de ele ganhar?

Bom, talvez tantas quanto a de eu mudar do Brasil para a França, de uma casa onde o muro tinha desabado para meus vizinhos na Ildefonso Simões Lopes, o que me permitiu conhecer Lulu a filha do Físico Cesar Lattes, 
Cesar Lattes
e na minha nova casa a 300 km de Paris, 40 anos depois, eu verificar que o muro do fundo de nosso quintal em Mareuil-sur-Arnon também tinha praticamente todo caído. Eu fui encarregado de destruir um pedaço final faltante o que liberou a passagem a pé para o quintal de nossos vizinhos Traful Alvarez (biografia aqui  e aqui ) e familia... Traful, artista plástico, era um grande amigo meu. Adorava poesia, cachaça, caipirinha, churrasco, papo, e arte,  é claro. Conversamos algumas vezes sobre sua estada no Brasil, principalmente bons tempos que ele passou em Saquarema e um pouco da sua mulher Annie, francesa que conheceu quando estava exilado em Londres e de quem era viúvo. Eventualmente, conhecí as três enteadas dele... incluindo Lucia, com a qual fiz maior amizade. 
Yvonne e Lucia na Brocante de Mareuil-sur-Arnon
Eu sabia que o pai de Lucia era brasileiro, mas não tinha 'atentado' ao detalhe do sobrenome... 
Danon!
Logo eu que sou chegado a uma genealogia! Pesquisando outros nomes da FIOCRUZ por outros motivos, batí no nome Danon, Jacques (biografia aqui
e verifiquei que, ele também era físico! 
Jacques A. Danon
Perguntei a Lucia se ela por acaso conhecia o Cesar Lattes... bem, claro, resposta afirmativa e a  familia também! é pouca coincidência ou o que? Duas casas, dois muros, uma filha de físico Brasileiro de cada lado de cada muro, o muro que cai, e as duas meninas que já se conheciam! Ainda, --- Lattes e Danon ambos foram diretores do CBPF..

Talvez eu deva começar a apostar na loteria!.





quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Saudade dos Pets

Naqueles tempos, em casas, crianças tinham animais de estimação...Como eu tinha casa, quintal e pendor para as ciências naturais, e pais que não se importavam com uma fauna a mais em casa, e ainda um caseiro mineiro (Renato), tive hamsters, (devorados pelas ratazanas da favela da catacumba), galinhas de angola, (fim gastronômico) coelhos (fim triste...), galos de briga - panela tambem.... e até um porco engordado no quintal - que virou de tudo inclusive saborosas linguiças, realmente caseiras!
Um belo exemplar para ACFantinato...
Mas a região era generosa... Antonio Carlos F. tinha passarinhos... Ele era um bom observador... Creio que tinha canários, mas os pintasilgos dele cantavam muito, e ainda bico-de-lacre e canários-da-terra! Hoje, o Ibama não deixaria. Tinha ainda galos e galinhas. O galo de briga dele (vermelhão, típico Indiano parecido com o da imagem acima) apesar de corajoso contra humanos, era um desastre quando confrontado com um espécime da mesma espécie...Mesmo assim, após a escola fazíamos treinos e preparações incluindo  'massagem' nas coxas dos galos, devidamente depenadas para ficarem mais 'resistentes'.

Dona Belica, nossa fiel fornecedora de bombas, bombinhas, buscapés e cabeças de nêgo entre outros matériais explosivos diversos, tinha um papagaio bastante animado na porta do barraco... Na chuva, ele cantava.

Assis, o caseiro dos Monteiro (na Sacopan) tomava conta de dois Dobermans... De noite, passeava com as feras, e colocava eles pra brigar com outros... De nada adiantaram contra os ladrões que um dia pularam o muro, mataram os cachorros e roubaram a casa...
Xuxú, minha atual tricolor, provavelmente Wilhelmina, reincarnada
Gatos... muitos, por todo lado... a única que ficou na minha memória era Wilhelmina - nome nórdico complicado, que meu pai arrumou pra uma viralata tricolor que adotamos da rua... Nunca se domesticou. Gostava de sorvete Kibon sabor creme, e ratazanas inteiras e frescas, menos o fígado e a cabeça, que ela deixava de lado... éca, isso mesmo... trazia aquelas ratazanas cinzas pra dentro de casa, e comia debaixo da mesa da televisão...a gente podia escutar ela mastigando a bicha toda, e podia estar certo que no final, sobrava apenas a cabeça e o fígado...

Antonio Eduardo e Loca, tinham alguns cães... Tiberius e Calígula, dois pastores alemães faziam bastante presença... Nunca confiei muito mesmo atrás das grades de ferro da casa! Os dálmatas eram mais alegres...e pareciam menos perigosos. De cães grandes ainda tinha um belo dogue alemão 'arlequim' no final da Almeida Godinho.

Lia, (Epitácio Pessoa, Curva do Calombo) tinha um pastor alemão extremamente bem disciplinado - Flama - excelente pedigree, disposição para aventuras e além do mais tomava bem conta da dona!
Phil & Flama - Arpoador
Na Carvalho de Azevedo tinha o Pulguinha  - um pastor belga todo preto, mas um perfeito idiota, talvez meio bobo, pois era novinho....

E tinha um maluco, (mesmo) que passeava com um grande lagarto Teiú amarrado na ponta de um arame... Aparentemente semi-domesticado... Mas, creio mesmo que ele estava apenas engordando o bicho para depois comê-lo.

Claro, tinham muitos mais pets...! Mas já é uma pequena coleção não é?