domingo, 28 de agosto de 2011

Carros dos Meninos...

O 'Limão' Michael, Philip, Douglas, Oliver e Victor em Santos
 Sempre fui fascinado por carros, veículos, motores e semelhantes... Fonte da Saudade me traz a lembranças das 'Lotações', entrando a toda velocidade depois da 'Embaixada da África'  na entrada da Fonte da Saudade, seguindo e fazendo uma curva quase em 2 rodas na esquina da Alte. Guilhobel, para parar na esquina da Sacopã... (Naquela época ainda não tinhamos 'instalado' o 'ponto de ônibus' em frente à padaria do Seu Antonio...

Houve outros veículos... Pra começar, o Buickão do meu pai, um Buick Special  importado, ano de 1956, diretamente de San Mateo, Califorinia onde morávamos antes de chegar ao Rio em 58/59. O carro tinha um motor V-6 com 210 HP... Possuía uma mecânica peculiar, e um pintura que acompanhava seu humor, que lhe valeu o apelido de 'limão' (do tipo siciliano, aquele  amarelinho). Meu pai, tinha para ele (e nós 5...) diversos  'Projetos' para os  fins de semana. Coisas banais como construir altos muros de arrimo, instalações avícolas com diversos andares, além de reformar toda as instalações elétricas de Sacopã 68 para os padrões aceitos pela Associação Norte-Americana de Engenharia Elétrica. Mas o preferido e mais constante pode-se dizer que era consertar / dar manutenção ao 'Limão'....
Um Buick  Special
Eventualmente, ficou dificil de trazer peças de reposição para o 'Limão'.  Nihil obstat'  o Sr. Scott, encontrou alguém que tinha um Buick Special preto e branco abandonado nos fundos de um quintal na rua Schmit de Vasconcelos no Cosme Velho - Nova distração - passar os fins de semana lá, 'canibalizando' aos poucos o Buick 'Number 2', ou seja, desmontando-o parafuso por parafuso e guardando as peças todas para 'eventualmente' usar em transplantes necessários para o Limão. Fora o eixo hidramático, creio, isso nunca aconteceu...

Sim, o Aero-Willys do Cesar Lattes, era notável. Mas hoje, (Agosto 2011) visitei uma exposição de carros antigos, na Mansão Charly, na França onde ví algo 'mais' - uma Alfa Romeo, conversível, como a que o Carlinhos andava.... Como era possível? Até hoje, aqui na França este carro custa uma nota ! Enfim, cadê ele?


Um pouco depois daquela época, o Brasil começou a fabricar o Ford Galaxie... hoje ví o modelo original norte-americano, um Galaxie 500. Bonito... Mas sempre gostei do Landau fabicado pela Ford no Brasil. Os Machnich tinham um Galaxie, e em algumas ocasiões, o Buick e Galaxy percorriam a ladeira do Sacopã em velocidades acima do recomendado, especialmente em dias de chuva em ruas calçadas por paralelepípedos!
Os Fantinato tinham voltado de alguns anos na Italia, ou de Portugal, não me lembro bem. Mas, seu Antonio tinha bastante cuidado com a Mercedes, estacionada na rua... Belo carro...! Algo parecido com o modelo abaixo


Outro veículo presente na expo do Chateau Charly, foi um  Citroën  'negro'' tal qual a do famoso 'Crime do Sacopã' !  Por anos, depois do ocorrido, alguns motoristas de taxi ainda se recusavam a subir a ladeira por achar ela mal assombrada ou agourenta, ou perigoso por conta do tal crime mal explicado com o Citroën negro, onde se encontrou o corpo de 'Afranio Arsenio de Lemos' aparentemente assasinado pelo tal 'Tenente Bandeira".

Renault Dauphine e Gordinis, o Rio tinha muitos, mas a indústria automobilistica francesa, nunca se firmou muito no Brasil....

Talvez os SIMCA's  tenham sido os mais populares, provavelmente mais por causa do seriado 'Vigilante Rodoviário' e o Capitão Carlos e seu Simca ('Chambord'?).
Essa coisa de carro antigo dá pano pra manga... Tinha ainda a camionete das 'Casas Oliveira' no Jardim Botânico que faziam entregas em domicílio. Talvez um fosse utilitário da Chevrolet (importado). Taxis diversos, creio a maioria Chevrolets eram final de anos 40 e ficavam num ponto quase no Humaitá... 'Mosquito' ainda morando no Quilombo Sacopã, poderia falar mais sobre isso... é um sobrevivente daquela época e tinha seu próprio taxi! Luis Sacopã, tinha uma ambulância. Mas não me lembro o modelo... Ficava parado na curva próximo ao número 68, onde hoje é a entrada do Quilombo Sacopã. Bom, se tiverem algum comentário ou fotos, enviem!
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